Fundos
Fundos são considerados a base da cozinha clássica. Dão sabor e influenciam o sabor das preparações sem se sobressair. Servem de base para molhos, sopas e ensopados.
São caldos feitos a partir da cocção de ossos de frango, peixes, gado, caças ou de hortaliças com água e/ou vinho. Podem ser claros ou escuros, de sabor concentrado. Alguns tipos são: fond de veau, fumet, glace de viande, court bouillon, dashi.
Há os fundos reduzidos, cuja a técnica se chama deglacer na França. Este nome vem da textura glacê, quando os fundos ou caldos são reduzidos até a consistência de xarope ou gelatina. Isso ocorre devido ao colágeno que desprende dos ossos e peles utilizadas no preparo. Quando resfriados em geladeira solidificam.
Durante a cocção forma-se um espuma com resíduos que deve ser retirada, pois pode prejudicar o sabor. Pode ser feita a clarificação do caldo, que então irá receber o nome de consomé. Adiciona-se claras de ovos batidas ao caldo fervente que irá absorver as partículas de gordura e deverá ser filtrado a seguir em filtro de papel ou pano. Ficará transparente e cristalino.
Os ingredientes aromáticos e condimentos devem ser adicionados no inicia da cocção. Os mais utilizados são: mirepoix, bouquet garni, sachet d’epices, cebola brulée, duxeles, roux e beurre manié.
Molhos
Molhos são levemente espessos, podem ser quentes ou frios e servem de acompanhamento para realçar o sabor, identificar as preparações e melhorar a aparência do prato. O molho foi criado pela necessidade de salgar um alimento e posteriormente foi feito para completar o sabor.
Os molhos são em sua maioria ligados com ingredientes como gema de ovos, sangue, amido, creme de leite, gelatina, iogurte, ou outros ingredientes.
Os fundos (que vimos acima) servem de base para muitos molhos. Um fundo escuro – molho espanhol e demi-glace; base clara – molho bechamel e velouté; emulsionado – maionese e holandês; molho de tomate. A partir desses molhos derivam muitos outros.
Fazem parte ainda do grupo dos molhos os chutneys, coulis, relishes, sabayons e saladas do tipo guacamole.
Ervas aromáticas e especiarias
As ervas podem ser definidas por seu aroma, sabor, qualidades. Seus nomes variam entre as regiões, mas a botânica define seus nomes o que facilita a identificação. Existem espécies para condimentar, fazer chá e para diferenciar preparações. Usa-se raízes, bulbos, caules, folhas, flores, vagens e sementes das plantas.
Algumas espécies mais utilizadas na culinária são: açafrão, aipo (salsão), alcaparras, alecrim, alho, alho poro, anis, baunilha, canela, cardamomo, cebolinha, coentro, cominho, cravo, cúrcuma, endro (dill), erva-doce, estrgão, louro, manjericão, manjerona, noz-moscada, orégano, sálvia, salsa, tomilho.
Ervas, temperos e condimentos caracterizam culinárias específicas e a mistura deles pode obter resultados sensoriais especiais. As possibilidades de uso são infinitas e dependem da criatividade e preferência de quem prepara!
Nesta segunda vimos todas essas bases da culinária. Acompanhamos o preparo de fundos, cheiramos e manipulamos oito tipos diferentes de temperos, além de conhecer e relembram ervas e especiarias que podem nos auxiliar na nutrição e na gastronomia.
Apesar de todas nós não colocarmos “a mão na massa”, esta aula foi muito rica em conhecimentos. A partir de agora temos as bases para criar, inventar, descobrir, redescobrir pratos e preparações.
O próximo passo é treinar nosso nariz, nossos olhos, aos aromas e aos formatos, afinal são muitas as possibilidades na cozinha, são muitos os ingredientes. Precisamos aprender as técnicas de preparo...